Nessa última semana aconteceu a 22ª Bienal do Livro em São Paulo e eu finalmente fui no sábado (18), penúltimo dia do evento. Fui de carro com alguns amigos até um dos locais onde haviam ônibus que levavam até o Anhembi, mas a fila estava muito grande e a gente acabou fazendo o caminho todo de carro mesmo.
Eu nunca tinha ido na Bienal antes e não sabia bem o que esperar, por isso me assustei quando entrei no local porque era simplesmente gigante. Na nossa primeira voltinha pelo lugar eu encontrei a Babi Dewet, autora de Sábado à noite, mas tinha muita gente pegando autógrafo e decidi voltar depois. Fiquei procurando pela Giz Editorial porque queria muito comprar alguns livros de lá, mas demorei pra achar. Enquanto isso fomos até o estande da Comix que estava completamente lotado, olhamos a vitrine e eu encontrei várias coisas que eu queria comprar, mas acabei deixando pra voltar "quando estivesse com menos gente" de novo, só nessas conversas eu acabei não voltando em vários locais e deixei de comprar muita coisa.
Logo achamos o estande da Giz Editorial, não foi muito difícil afinal fomos abordados por um cara simpático chamado Edson Rossatto que nos apresentou seus livros "Cem toques cravados" e "Toques para mulheres". Ele disse pra gente aproveitar enquanto ele estava dando autógrafos (muito engraçados, por sinal) e que ainda não era famoso, pois depois que fosse, iria ser metido que nem o pessoal dos outros estandes. Eu disse que não precisava disso porque seria famosa também (ok, não).


Não comprei o livro porque eu tinha uma lista em mente e achei que o dinheiro que eu levei não daria pra tudo, mas anotei os nomes e então seguimos em frente e fomos atrás da querida Giulia Moon, pois já faz tempo que eu queria comprar o livro "Kaori: perfume de vampira" e achei aquela uma ótima oportunidade. Depois de ver o preço eu quase pensei em desistir, pra mim, todo e qualquer livro a partir de 35,00R$ é caro, e esse estava custando 39,90R$, se não me engano. Não levem a mal, não é que eu não gosto de gastar dinheiro ou acho que os livros não valem isso, é só que acho caro mesmo e ponto final. Mesmo assim comprei e ganhei 15% de desconto, suficiente pra eu não reclamar de preço nenhum. Depois fui lá, toda contente pedir autógrafo da Giulia.


Ainda não comecei a ler o livro porque não tive tempo, mas logo sai uma resenha dele pra vocês. Depois disso eu já tinha andado muito e estava com fome, então nós fomos à procura de algo pra comer, só pra depois descobrir que uma coxinha lá era 5,00R$, absurdo. Enquanto decidíamos o que fazer, eis que um tal de Mauricio de Sousa passa na nossa frente. Avistamos ele de longe, mas demoramos um pouco pra reagir e quando o choque passou, corremos até ele. Não tinha muita gente em volta e ele estava bem sorridente, mas não parou de andar até chegar numa sala onde não podíamos entrar. Esperamos bastante e depois de muito tempo, meus colegas convenceram um rapaz a pedir o autógrafo dele e pegar uma foto.



Infelizmente eu fiquei sem nada, mas valeu a pena vê-lo de perto. Depois da espera toda, ainda saiu o Pelé (que pra mim não era o Pelé) de lá. A foto é mais do que tremida, mas vale lembrar que a câmera não era lá uma Nikon e tinha bastante gente tentando tirar foto.


Ainda ganhei mais cinco livrinhos num jogo da memória e andei bastante até ir embora sem levar quase nada do que eu queria. Mas como dizem, valeu como experiência, da próxima vez vou tentar não ir nos últimos dias (que pareceram ser os mais lotados) e vou comprar tudo de primeira, nada de "depois eu volto". 

 Coisas que eu queria comprar e acabei não comprando: 


A culpa é das estrelas - O livro é lançamento e já cansei de ver blogs fazendo resenhas dele, sempre positivas. Pelo visto ele fez muita gente chorar, e por mais que isso soe estranho, adoro livros que me emocionam.


Toques para mulheres - Lembra do Edson Rossatto? Esse aí é um dos livros que ele mostrou na Bienal, pelo que entendi, são crônicas bem-humoradas sobre mulheres. Mas ele garante que não é machista.


O poder do fogo - Outro livro que conheci por lá. O autor foi simpático e me entregou um panfleto do livro, bem pequeno e resumido, mas parece ser uma aventura interessante.

Kuroshitsuji (Black Butler) - Um dos meus mangás favoritos que finalmente foi lançado aqui no Brasil pela Panini esse mês, pena que tanto a Panini quanto a Comix estavam mega lotadas. Como eu disse aqui ele ainda está sendo lançado mensalmente no Japão apesar do anime ter acabado. Isso porque eles são bem diferentes, só seguem a mesma linha até certo ponto. Pra quem já assistiu ter uma ideia, o Alois sequer existe no mangá, pelo menos por enquanto. Acho o lançamento uma ótima oportunidade para lerem.

Claro que tem várias outras coisas que eu deixei de comprar, mas acho que essas são as principais. Espero que tenham gostado desse post e ignorado minha poker face nas fotos, e obrigada pelo apoio no post das indecisões ♥
PS: Avisem caso o post esteja aparecendo com a formatação estranha.




Desculpem o sumiço, tirei um tempo pra arrumar o layout (eu gostei desse, prometo não trocar tão rápido dessa vez) e pra retomar o ritmo da volta as aulas. 

Mas então, já ouviram falar do "Jack, o Estripador"? Esse era o pseudônimo de um assassino brutal que viveu em Londres no ano de 1888. Ele tornou-se lendário pois sua real identidade nunca foi desvendada e inspirou diversos livros e filmes.

Existem muitas pesquisas, teorias e lendas envolvendo Jack. Algumas chegam até a dizer que fulano de tal era o assassino e declaram um mistério de mais de um século por encerrado. Não é bem assim. O livro "Jack, o Estripador - A verdadeira história, 120 anos depois", da editora Geração Editorial, é divido em três partes e nos conta a verdadeira história do que aconteceu em Whitechapel, com todos os fatos organizados de maneira bem clara e detalhada, nos apresentando uma visão completamente nova do que ouvimos dizer por aí. O livro é escrito como uma reportagem investigativa que lemos com a emoção e curiosidade de uma obra fictícia. Em cada página somos transportados para um distrito pobre de Londres, no ano de 1888, e nos vemos tentando solucionar os assassinatos cometidos por um serial killer desconhecido. Conhecemos as vítimas, os suspeitos, os depoimentos, os fatos e a repercussão dessa história.

Na minha opinião, o livro é fantástico. Fiquei completamente impressionada com a narração detalhista, é impossível não se sentir nas cenas do crime. Por outro lado, achei que parte dos suspeitos é bastante longa e por isso se torna um pouco cansativa. Talvez a intenção tenha sido provar que muitas pessoas andam acusando uns e outros que sequer possuem ligação com o assassino para simplesmente ganhar dinheiro com suas teorias.
O que mais gostei nesse livro é que ele não tem a intenção de solucionar o grande mistério de quem era o Estripador, ele apenas nos apresenta informações do que aconteceu na época para que o leitor imagine o que bem quiser. E o melhor de tudo: é escrito por Paulo Schmidt, um brasileiro.